Escravos do Instinto
O termo
“escravidão” nos remete a tempos remotos. Até onde sabemos o último país a
abolir a escravidão foi a Mauritânia em 1981, ou seja, a escravidão é
anacrônica. Errado! Nos dias atuais vivenciamos uma nova era de escravismo, porém
tal prática, que se constitui ocultamente, não mais consiste na dominação de um
negro por um branco, mas sim do homem por seu próprio instinto. Um parasita
torvo e repugnante.
Esse ser hediondo tem seus primeiros relatos no livro
de Gêneses, em cidades infestadas dessa raça. Esse, somado a estupidez humana,
levou a destruição das cidades pela ira da Razão.
Nos dias atuais, uma nova infestação dessa praga é
assustadoramente visível e tem corrompido a alma de muitos indivíduos. Brancos,
negros, homens, mulheres, jovens e idosos. Não há limites para este parasita
que possui como objetivo roubar, matar e destruir a humanidade afastando-a de
seu verdadeiro propósito neste mundo.
Após infiltrado no seu hospedeiro, este parasita
escraviza-o sexualmente, lambuzando-o com sua pornografia e excitando-o por um
parceiro do mesmo sexo. As faculdades mentais da vítima são reconstruídas para
que esta não venha a encontrar a Razão, mas somente o desejo animalesco por
gozo. Sua sensatez dá lugar ao anseio incontrolável em saciar-se sexualmente
com qualquer indivíduo, também contaminado. A Razão, a família e a humanidade
são deixadas de lado criando um espaço apropriado para o desenvolvimento de um
estilo de vida, grau mais avançado da infestação.
Os ainda não infectados por este parasita lutam
ferozmente na tentativa de paralisar o avanço da peste e libertar os já
infectados. Do outro lado, o parasita luta para a aprovação de leis que
auxiliem na sua reprodução e infestação em massa.
As vítimas, coitadas... são apenas vítimas! Sim e
não! Quando um ser humano é contaminado por um vírus da gripe, por exemplo, ele
possui duas opções: viver escravo do vírus ou libertar-se dele por meio de um
tratamento. Muito embora o parasita aqui em questão seja triplamente mais forte
do que um mero vírus da gripe, também está sujeito a rejeição do hospedeiro. A
vítima se depara com duas opções: contentar-se com a escravidão e viver
submissa a esta prática malévola e pecaminosa, ou buscar a Razão, libertando-se
para a vida eterna.
Os sintomas dessa escravidão são diferentes entre
homens e mulheres, porém análogos. Nos homens as mudanças são drásticas. Tudo
começa pela forma de andar e se portar. Seu tórax torna-se estufado e seu
queixo empinado. Sua voz torna-se um pouco afinada ou rouca – dependendo da
idade –. Seus movimentos adquirem leveza e suas mãos; muito delicadas; vão, com
frequência, de encontro ao cabelo. Suas pálpebras fecham mais suavemente, porém
seu olhar é feroz em busca de uma nova presa.
Já nas mulheres, os sintomas são recônditos, quase imperceptíveis,
exceto em casos mais avançados, onde a feminidade é dilacerada e o modo com se
vestem é abruptamente alterado.
A boa
notícia é que excelentes resultados vêm sendo adquiridos no tratamento dos
hospedeiros. O tratamento consiste no conhecimento da única e verdadeira Razão,
que nos leva à vida eterna e branda. A praga, como toda praga, resiste com
afinco, porém tem seus primeiros sinais de fraqueza a medida que o paciente
adquire fé. E esta, que tem o poder de mover montanhas, move também este
organismo demoníaco do corpo do hospedeiro, que passa a ser, não mais um
hospedeiro, mas sim um ser humano, digno de casar, adotar e formar uma família.